MARINGÁ

Falares, o Festival de Literatura Oral, leva poesia, batalha de rima e show de rap pra rua neste sábado, na Vila Olímpica

Acontece no próximo sábado, 4, a segunda etapa do Festival de Literatura Oral (Falares), de Maringá, com seis espetáculos diferentes de literatura oral com artistas maringaenses, paranaenses e de renome nacional. As apresentações acontecem na Vila Olímpica, no vão do Restaurante Popular, das 13h30 às 22h, com entrada franca e acompanhamento de intérpretes de Libras.

O projeto tem selo do Paraná Festivais e objetiva valorizar a literatura oral e o seu caráter estético, instigando a curiosidade do público por essas manifestações artísticas e incentivando o consumo delas. Realizado em duas etapas (a primeira aconteceu ao longo do mês de abril em escolas e instituições), o festival vai apresentar um total de nove gêneros orais diferentes para mostrar a diversidade da cultura brasileira. A primeira etapa promoveu ações de contação de história, cantiga de roda e repente. Já o evento de sábado terá em sua programação sarau, slam (campeonato de poesia falada), performance de poesia falada, espetáculo poético, batalha de rima e show de rap.

“A literatura oral é presença, encontro, corpo e movimento, por isso, selecionamos espetáculos que promovem essa troca entre os artistas e o público. A programação do Falares também foi escolhida para fortalecer as manifestações da cultura de rua já desenvolvidas pela comunidade jovem em Maringá e região, além de ampliar o repertório de atividades literárias orais consumidas pela população”, explica a coordenadora geral e curadora do projeto, Érica Paiva Rosa.

Participam da segunda etapa do festival os poetas Alê; Bolinha Podre; Devequi; Digalvi; Geo Ragioto; Gi Gasino; Gui Fioratti; Jazz; Jéssica Campos; Madu; Michelle Joaquim, Nati e Suélen Dominguês, além dos MCs Afroline; AK Sinistra; Doido MC; Felipage; GHC; Cleópatra; Ornaghi e Poeta Gabriela.

Falares, Festival de Literatura Oral de Maringá
As gurias do slam vindo de Curitiba joga para o público temas da atualidade, como violência contra a mulher, racismo, imperialismo e outros Foto: Divulgação

O Slam das Gurias, de Curitiba, também apresenta o espetáculo poético “Rasgo”, que relaciona elementos teatrais com a poesia marginal, utilizando textos autorais das artistas. Composto por três atos, o espetáculo evidencia a força e a potência das vozes que rasgam o peito, os ouvidos e os panos. Falando de suas vivências, sobre a solidão da mulher preta, relacionamentos tóxicos, questões de classe e de tudo que as atravessa. Os textos questionam o feminicídio, o racismo e o imperialismo.

Para fechar a primeira edição do Falares, o rapper cearense RAPadura Xique-Chico se apresenta a partir das 21h. Ele desenvolve um trabalho que traz uma mistura contemporânea de rap com a tradição da cultura popular brasileira. Suas letras falam do Nordeste, da seca, do agricultor, da mulher rendeira, da cidade, dos processos de urbanização e dos sentimentos contemporâneos. Um dos primeiros artistas nordestinos a produzir rap e unir ao estilo que usa batidas e letras de protesto a tradicional cultura nordestina, como forma inédita de linguagem, expressão e protesto. O estilo original do artista abriu espaços para se apresentar ao lado de Lenine, Criolo, gravou uma participação no acústico do O Rappa e tem parcerias com BaianaSystem e Rashid, dentre outros. Seu mais recente lançamento, o álbum “Universo do Canto Falado”, foi indicado ao Grammy Latino em 2020.

 

Programação do Festival de Literatura Oral

13h30 Sarau
14h30 Slam (campeonato de poesia falada)
17h Performances de poesia falada
17h30 Espetáculo poético “Rasgo”, com Slam das Gurias (Curitiba)
19h Batalha de rima com apresentação de Lubs
21h Show de rap com Rapadura
+ DJ nos intervalos entre as apresentações
Haverá intervalos de microfone aberto ao público durante o Sarau e o Slam. As inscrições para o microfone aberto devem ser feitas durante os espetáculos.

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