Uma quadrilha responsável por desviar e comercializar fertilizante adulterado e soja com impurezas foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) nesta quarta-feira (28).
Polícia desmantela esquema de fertilizante adulterado
Ao todo, foram cumpridos 135 mandados judiciais, entre prisões, buscas e apreensões. A investigação começou após o furto de uma carga de fertilizantes em 2022 e revelou um esquema que causou prejuízos superiores a R$ 15 milhões ao setor agrícola.
Segundo a PCPR, a organização criminosa atuava em diversas frentes:
- Desvio de cargas de soja e fertilizantes;
- Adulteração dos produtos com materiais como areia, calcário e silicato;
- Reembalagem dos itens adulterados para simular originalidade;
- Revenda ilegal, inclusive com exportações fraudulentas;
- Uso de empresas de fachada para emitir notas fiscais falsas.
As cargas desviadas eram levadas a armazéns clandestinos, onde passavam pelo processo de adulteração. No caso da soja, era misturada com areia e, em seguida, ensacada para parecer intacta. Com os fertilizantes, o processo envolvia diluição com calcário ou silicato, o que comprometia diretamente sua eficácia nas lavouras.
Além de representar uma ameaça à segurança alimentar e à reputação internacional do agronegócio brasileiro, os crimes causaram danos diretos aos produtores rurais, afetando a produtividade agrícola e gerando perdas econômicas significativas.
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Motoristas eram aliciados para participar do esquema
Um dos pilares do funcionamento do grupo criminoso era o aliciamento de motoristas. A PCPR identificou que a quadrilha contratava condutores fixamente por meio de empresas fictícias, além de cooptar outros motoristas esporadicamente.
A função deles era alterar rotas e levar as cargas desviadas até os pontos de adulteração.