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Morte no trânsito: Audiência do caso Ailson Ortiz acontece hoje(11), em Cascavel

O jovem de 21 anos morreu após um desentendimento no trânsito, no dia 24 de março, no Bairro Neva, em Cascavel, no Oeste do Paraná.

Acontece nesta quarta-feira (11), na Vara do Tribunal de Júri, de Cascavel, no Oeste do Paraná, a 1ª audiência do caso Ailson Augusto Ortiz. O jovem de 21 anos morreu após um desentendimento no trânsito, no dia 24 de março, no Bairro Neva. A audiência de instrução está marcada para acontecer às 13h30, de forma presencial. Serão ouvidas testemunhas de defesa e acusação e também Elias da Silva Pires, de 51 anos, apontado como autor do crime. Elias está sendo acusado de homicídio triplamente qualificado; por motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e  perigo comum (expor mais pessoas ao risco). A expectativa da acusação é que o acusado seja pronunciado.

“Esperamos que o acusado seja pronunciado, levado ao Tribunal do Júri e que a sociedade diga se ele deverá ser condenado ou não.”

Lauri da Silva – Advogado de acusação

Para a defesa houve uma ação seguida de reação e por esse motivo o advogado que representa Elias, Verli Farias, vai tentar retirar as qualificadoras apontadas pelo Ministério Público.

“O acusado Elias confessou espontaneamente e as imagens já mostram claramente o que ele narrou. A defesa vai tentar a exclusão das qualificadoras pelos crimes e a denúncia do MP porte ilegal de arma de fogo, que não procede. A defesa lamenta pela perda do jovem, mas a família do acusado também está sofrendo. Entende que a culpabilidade existe, mas a aplicação da pena deve ser justa. Nós procuramos fazer uma defesa justa.”

Verli Farias  – advogado de defesa

Para o advogado, houve a briga e desacerto no trânsito e na sequência, uma ação e uma reação. Um jovem faixa preta e uma pessoa de mais idade.

“A imagem mostra claramente que o jovem de pronto já efetua uma agressão, essa agressão foi injusta, então isso já traz com que o crime tenha sido cometido por privilégio. A defesa irá demonstrar essa parte do privilégio, que ele só agiu com os meios necessários, após a agressão injusta do jovem. E caso o Sr Elias não tivesse armado, ele ia sofrer vários golpes em frente a sua mulher e os três filhos jovens, menores de idade, que se encontravam dentro do carro, houve uma ação por parte do jovem e uma reação por parte do seo Elias.”

Verli farias  – advogado de defesa

A família de Ailson está mobilizando amigos para um ato pacífico de pedido de justiça pela morte do jovem. A concentração está programada para às 13h, em frente ao fórum, onde será realizada a audiência. O processo segue em segredo de justiça.

Sobre o caso

A briga no trânsito aconteceu na manhã do dia 24, no Bairro Neva. Ailson estava em uma motocicleta e se envolveu em uma discussão com Elias Silva Pires, que dirigia um veículo Renault Fluence. Imagens de uma câmera de segurança instaladas na rua Cuiabá registraram o momento em que os homens descem dos veículos e iniciam uma discussão mais grave. Após ser atingido por um soco, Elias saca uma arma e dispara pelo três vezes contra Ailson, que cai na via e morre antes mesmo da chegada da equipe médica.

Dois dias depois, na sexta-feira (26), o suspeito de disparar contra o jovem se apresentou à delegacia policial e foi detido. O homem não possui liberação para andar com a pistola .380, utilizada na ação e ainda foram encontradas outras três armas na casa do suspeito. Elias já tem passagem pela polícia por perturbação de sossego, por causa de som alto, além de ameaça contra os vizinhos, que ele teria feito com uma arma em mãos. Elias é colecionador de armas e tem a licença para colecionadores, atiradores e caçadores (CAC), porém não tem autorização para portar e transportar livremente a arma.

 

 

 

Por: RicMais

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