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Léo Batista morreu neste domingo, aos 92 anos, após lutar contra um câncer no pâncreas. Ele estava internado no Hospital Rios D’or, no Rio de Janeiro, desde 6 de janeiro, quando foi diagnosticado com o tumor, após apresentar quadro de desidratação e dor abdominal. Apesar do tratamento intensivo e da internação na UTI, não resistiu às complicações da doença.
Com quase 80 anos de carreira, Léo foi um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro, especialmente no campo esportivo. Sua trajetória foi marcada pela cobertura de eventos históricos como Copas do Mundo, Olimpíadas e corridas de Fórmula 1. Também teve um papel importante na cobertura de momentos políticos, como o anúncio do suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, fato que o projetou no jornalismo nacional.
Natural de Cordeirópolis, São Paulo, Léo começou sua carreira ainda adolescente, aos 15 anos, no rádio. Em 1952, chegou ao Rio de Janeiro, onde passou a trabalhar na Rádio Globo e adotou o nome artístico de Léo Batista. Em 1955, migrou para a TV, onde passou a apresentar o Telejornal Pirelli na extinta TV Rio, cargo que ocupou por 13 anos.
Em 1970, Léo Batista foi convidado a ingressar na TV Globo, inicialmente para cobrir a Copa do Mundo no México. Sua habilidade e versatilidade o levaram a substituir Cid Moreira no Jornal Nacional, além de se tornar apresentador de programas de sucesso como o Jornal Hoje (1971), Esporte Espetacular (1973) e Globo Esporte (1978).
Com mais de 50 anos na TV Globo, Léo se consagrou como um ícone do jornalismo e se tornou uma inspiração para diversas gerações de jornalistas. Seu estilo e voz inconfundíveis continuam a ser lembrados por todos que o acompanharam ao longo dos anos. Até sua morte, ele era o apresentador mais antigo da emissora.