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Mara Boca Aberta diz que foi agredida por vereador Santão e promete processo: “Me deixou com marcas”

A ex-vereadora de Londrina, Mara Boca Aberta, afirma que foi agredida pelo vereador e policial rodoviário federal Claudinei dos Santos, o Santão, na tarde desta quarta-feira (15), dentro da delegacia de plantão da Polícia Civil, após ser surpreendida com uma voz de prisão por suposto desacato.

Segundo Mara, ela apenas se dirigiu aos assessores do parlamentar, chamando de “covardia” a ação contra seu marido, o ex-deputado federal Emerson Petriv, conhecido como Boca Aberta. Ela relata que nem chegou a se dirigir diretamente ao vereador, mas que mesmo assim foi abordada de forma truculenta.

“Ele me empurrou, me deu vários empurrões e saiu me empurrando. Pedi pra ele soltar, pra não encostar a mão em mim, e ele grudou nos meus pulsos. Foi me arrastando pela delegacia”, disse Mara, em áudio enviado ao i24.

A ex-vereadora afirma que ficou com hematomas nos braços e nas pernas. “Minha perna está roxa. Ele me batendo pelas portas, me puxando de um lado, me agredindo”, narrou.

O episódio começou com Boca Aberta indo à Câmara para gravar um vídeo sobre suposto aumento no número de vereadores e uso de carros alugados.

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De acordo com ele, após o vídeo, foi abordado por Santão, que teria lhe dado voz de prisão e também abordado seus assessores, com uso de arma de fogo. O ex-deputado também diz ter sido agredido.

Horas depois, ao chegar à delegacia para acompanhar o marido e os advogados, Mara acabou sendo presa sob acusação de desacato. “Eu nem vi o vereador. Ele estava dando entrevista. Quando me viu, já veio pra cima dizendo ‘você está presa’. E me arrastou na frente de todo mundo.”

Mara declarou que vai representar formalmente contra Santão na Câmara de Londrina e também na Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal. “Ele me deu voz de prisão como policial, mas no boletim se identificou como vereador. Abuso de autoridade é pouco. Ele usou do poder para me agredir”, afirmou.

A Lei nº 13.869/2019, que trata de abuso de autoridade, pode se aplicar ao caso, especialmente em seu artigo 9º:
“Constitui abuso de autoridade o ato de deixar de identificar-se ao cidadão no momento da abordagem policial ou usar do cargo para ações não justificadas pela função pública.”

Mara conclui:
“Não sou bandida, não sou delinquente. Eu pago o salário dele. É ele quem me desacatou. E ainda pediu medida protetiva contra mim, totalmente descontrolado.”

Santão ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. A reportagem tentou contato com o vereador por meio de sua assessoria, mas até o momento não obteve resposta.

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