Diante de convidados e de líderes das maiores economias do mundo, o presidente Lula voltou a criticar o acúmulo de riqueza e defendeu que os super-ricos paguem impostos sobre as fortunas. O discurso foi na cidade de Egnazia, na Itália, durante a Sessão de trabalho do G7, o grupo dos sete países mais ricos.
Para Lula, “a concentração excessiva de poder e renda representa um risco à democracia. Por isso, enquanto o Brasil preside o G20, este ano – a cúpula vai ser no RJ em novembro, o presidente disse querer mobilizar recursos para ampliar e adaptar essas políticas de taxação a outras realidades.
Ainda no encontro do G20, Lula deu destaque para o tema da inteligência artificial que, segundo ele, traz oportunidades, mas também alguns riscos e certas desigualdades. Por isso defendeu que os benefícios sejam acessados por todos. Lula defendeu uma Inteligência Artificial “que também tenha a cara do Sul Global, que fortaleça a diversidade cultural e linguística e que desenvolva a economia digital” dessas nações.
Outro assunto foi a guerra entre Rússia e Ucrânia e os conflitos na Faixa de Gaza. Neste caso, Lula criticou a atuação do conselho de segurança da ONU e defendeu uma reformulação na ocupação das cadeiras. E disse que o mundo está “diante da violação cotidiana do direito humanitário, que tem vitimado milhares de civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças”, ao se referir às ações de Israel contra o povo palestino.
Outros assuntos tratados na reunião do G7 foram Energia, África e mediterrâneo. Também discursaram o Papa Francisco e o Presidente da União Africana, Ould Ghazouani.
A agenda do presidente Lula incluiu, ainda, encontros bilaterais com líderes de alguns países, e com o Papa Francisco. De acordo com o Itamaraty, esta é a oitava vez que Lula é convidado a participar da Cúpula do G7, mesmo que o Brasil não faça parte do bloco.