POLICIAL

Justiça do Paraná mantém prisão de capitão dos bombeiros que desviou produtos da Defesa Civil

Justiça do Paraná mantém prisão de capitão dos bombeiros que desviou produtos da Defesa Civil

desvios-bombeiro-960×592.jpg
Foto: Divulgação/Gaeco.

O capitão do Corpo de Bombeiros Gustavo Emmanuel Gonçalves Fogaça, réu de desviar produtos da Resguardo Social, teve a prisão mantida pela Justiça do Paraná durante audiência de custódia na manhã desta sexta-feira, 31. O solene foi estagnado em flagrante no bairro Uberaba, em Curitiba, na noite da última quarta-feira, 29, durante uma ação do Grupo de Atuação Peculiar de Combate ao Delito Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná.

A prisão aconteceu quando o capitão chegava no endereço de uma distribuidora de bebidas com uma Fiat Toro carregada com os itens desviados. O Gaeco chegou até ele posteriormente uma denúncia anônima.

O legisperito Jeffrey Chiquini assumiu a resguardo do capitão na noite de ontem. Em entrevista à Orquestra B, o padroeiro disse que nem tudo o que foi divulgado é verdade.

“Tratou-se de uma denúncia anônima e uma abordagem policial. Portanto, naquele momento a versão da domínio policial foi que desvios ocorreram, porém, entretanto, toda via sempre há dois lados e a resguardo terá a oportunidade de esclarecer […] Já tive uma primeira conversa com o capitão e há resposta para tudo que estão imputando a ele”, ressaltou.

Conforme o boletim de ocorrência, dentro da caminhonete e do imóvel estavam 57 fardos de bebida energética, relógios, computadores, televisões, ferramentas elétricas diversas (furadeiras e serras) e outros objetos. O documento diz que todos os produtos não tinham notas fiscais ou qualquer outra comprovação de origem lícita. Uma arma de queimada também foi apreendida.

“Há a divulgação de objetos que não pertenciam ao capitão e não foram por ele desviados. Portanto, imputou-se ao capitão fatos inverídicos. Há ali a imputação de produtos que em tese alegam que o capitão teria tido aproximação e desviado […] Acusações precipitadas só trazem prejuízo a investigação”, considerou Chiquini.

O legisperito também criticou a exposição do caso, já que o capitão ainda tem a chance de se proteger.

“Até o momento tudo o que há é mera especulação e mera exposição midiática. Já defendi muitos inocentes escrachados em via pública e posteriormente um trabalho sério da resguardo para compreender a verdade, o caso foi clareado e a verdade apareceu”, destacou.

Chiquini pretende entrar com outros pedidos para prometer que o cliente responda ao processo em liberdade.

“Respeitamos a decisão da Justiça. Não concordamos com a decisão de mantê-lo recluso, mas respeitamos. Há instâncias superiores que irão reavaliar a decisão, e o papel da resguardo é esclarecer, o papel da resguardo é trabalhar com o recta e a correta emprego da lei. Porquê sempre digo ‘dai a Cesar o que é de Cesar’. Zero injusto será recepcionado”, concluiu.

Salário cima e missão de chefia

Gustavo Emmanuel Gonçalves Fogaça integra o quadro do Corpo de Bombeiros do Paraná desde novembro de 2008, com remuneração bruta que chega a R$ 15.294,43 – desconsiderando valores pagos a ele em condições excepcionais. Entre janeiro e abril deste ano, o salário bruto totalidade do servidor foi de R$ 64.220,50.

O que diz a Resguardo Social e o Corpo de Bombeiros

Por meio de nota, a Resguardo Social do Paraná confirmou o indumento e diz que desde que tomou conhecimento da denúncia se manteve à disposição do Gaeco para prestar todas as informações necessárias.

“Com a situação, foram adotados os procedimentos legais previstos no Código Penal Militar. O Corpo de Bombeiros abriu investigação, que pode culminar com a expulsão do solene da corporação. A prática não simboliza o serviço de vantagem que os Bombeiros do Paraná prestam à sociedade”, informou.

Leia a material completa na Orquestra B.

PUBLICIDADES & PARCEIROS