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“Estamos tentando fazer do ônibus um modal atrativo”, afirma secretário de Mobilidade Urbana de Maringá

"Estamos tentando fazer do ônibus um modal atrativo", afirma secretário de Mobilidade Urbana de Maringá

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Está em vigor desde a 0h desta terça-feira (3) o novo reajuste tarifário do transporte coletivo em Maringá. Agora, a passagem sai de R$ 4,80 e indo para R$ 5,20, um aumento de R$ 0,40. O reajuste vem em um momento que o município anuncia o maior valor em subsídios para a Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) – empresa gestora do sistema – desde 2022.

Ao longo de 2025, o município pagará R$ 39 milhões para a empresa visando manter o atual valor da tarifa, após as partes anunciarem uma tarifa técnica de R$ 7,90 (valor que deveria custar a viagem por passageiro apenas para bancar os custos do deslocamento). Se o valor total do subsídio fosse dividido por cada morador da cidade, mesmo aqueles que não usam o transporte coletivo, seria o equivalente a R$ 95 por maringaense.

Em entrevista ao Maringá Post, o secretário de Mobilidade Urbana de Maringá, Delegado Luiz Alves, explicou que o reajuste era inevitável. Segundo ele, um dos fatores que condicionou o aumento é o fluxo de passageiros, que segue em queda. Atualmente, o sistema de transporte coletivo registra uma média de 64 mil usuários por dia, bem abaixo dos índices pré-pandemia, que chegaram a ser de 140 mil passageiros ao dia, número considerado ideal para que o sistema seja sustentável.

“É o momento (uma das razões para o reajuste), isso é mediado por índices e um dos índices que são levados em consideração é o de passageiros. Ele tem caído, o que reflete negativamente com relação ao valor das passagens. Independentemente disso, o município está fazendo um investimento grande em subsídio para que essa passagem não ficasse ainda mais cara. Então, o pequeno aumento vai passar de R$ 4,80 para R$ 5,20, quando, na verdade, essa tarifa técnica, que é a real, estaria em R$ 7,90, ou seja, era para o usuário estar pagando R$ 7,90 para poder transitar nos ônibus de Maringá, e isso está em R$ 5,20 porque o município está arcando com a outra parcela, está pagando subsídio para isso”, explicou o secretário.

De acordo com Luiz Alves, o grande desafio é voltar a tornar o ônibus um modal atrativo para a população.

“O subsídio é um investimento em respeito ao usuário do ônibus, só que outras medidas estão sendo adotadas também para que o ônibus fique mais atrativo. Se ocorrer um aumento na procura pelo modal, a tendência é que a passagem diminua. Então estamos tentando fazer do ônibus um modal atrativo, estamos trabalhando com ideias e projetos envolvendo corredores exclusivos, dentre outras melhorias também, cobrando a empresa para que propicie melhorias nos veículos, então é uma gama de situações e projetos que estão em planejamento para que possamos melhorar a eficiência desse modal”, disse.

Para este ano, o valor previsto para subsídios na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada em 2024, era de R$ 15 milhões. Conforme dados do Portal da Transparência, de janeiro a maio deste ano foram pagos R$ 8,7 milhões ao transporte coletivo.

Desde 2022, a Prefeitura de Maringá já pagou mais de R$ 100 milhões em subsídios das tarifas de ônibus, de acordo com dados fornecidos pelo município e também disponibilizados no Portal da Transparência. Em números detalhados, foram R$ 35 milhões pagos em 2022, R$ 40 milhões em 2023 e R$ 30 milhões em 2024.

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