Nesta quinta-feira (01), Londrina foi palco da convenção do Partido Progressista (PP) que, no mínimo, suscitou mais perguntas do que respostas. Maria Tereza Paschoal, que já conta com um currículo questionável na política local, foi lançada como pré-candidata à prefeitura no pavilhão de eventos do Parque Ney Braga, na zona oeste da cidade. Essa decisão teve o apoio inabalável do atual prefeito, Marcelo Belinati. No entanto, a escolha – tida como uma surpresa – não veio sem polêmicas.
Maria Tereza, a nova aposta do PP, não é londrinense e está na cidade há pouco mais de sete anos. Sua experiência anterior na política inclui duas derrotas consecutivas nas eleições de Ourinhos, no estado de São Paulo.
Após esses fracassos, foi convidada a assumir a Secretaria de Educação de Londrina, onde sua gestão se mostrou em partes positiva, mas também bastante problemática. Atrasos na entrega de uniformes e materiais escolares além de denúncias sobre a qualidade duvidosa da merenda, com relatos de produtos estragados, marcaram seu período à frente da pasta.
A convenção contou com a presença do influente deputado federal Ricardo Barros, de Maringá, e de sua família, que parece ter mais controle sobre a política londrinense do que muitos gostariam de admitir.
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No entanto, a ausência notável do deputado federal e Presidente do PP de Londrina, Marco Brasil, levantou sobrancelhas. Conhecido ironicamente como o “Mick Jagger” da política local devido ao seu suposto “pé frio“, Marco parece ter decidido que a convenção de Maria Tereza não precisava de seu toque especial de azar.
Os correligionários mais ácidos sugeriram que sua ausência foi estratégica para evitar trazer má sorte à nova candidata. Mas será que foi só isso? Nos bastidores, alguns vereadores já questionam a validade da convenção sem a presença do presidente do diretório local, como exige a Justiça Eleitoral.
A presidente estadual do partido, a deputada estadual Maria Victoria, filha de Ricardo Barros, esteve presente, mas isso será suficiente para legitimar o evento?
Enquanto isso, Londrina assiste de camarote a mais um capítulo da novela política local, onde a influência de Maringá parece estar cada vez mais forte. A pergunta que fica é: será que o PP de Ricardo Barros vai conseguir driblar as formalidades eleitorais sem enfrentar consequências? E, mais importante, será que Maria Tereza se mostrará capaz de conquistar a confiança dos londrinenses mais tradicionais?
O desenrolar dessa história promete trazer ainda mais reviravoltas. Por ora, a convenção deixou mais dúvidas do que certezas, e o cenário político de Londrina continua a ser um palco de intrigas e manobras surpreendentes.
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